O secretário-chefe da Casa Civil, Chagas Vieira, anunciou o retorno das obras da duplicação do 4º Anel Viário de Fortaleza, nesta sexta-feira (12), um dia após a paralisação dos trabalhos. O governista publicou em suas redes sociais um vídeo em que mostra imagens dos profissionais trabalhando na construção.
De acordo com Chagas, a paralisação ocorreu por conta de pendências da empresa com os trabalhadores. A Coesa Construção e Montagens, consórcio formado pelas empresas Coesa, Laca Engenharia, Dact Engenharia e Saied Engenharia, é a responsável pelas obras do Anel Viário desde 2024, quando ganhou a última licitação.
O secretário da Casa Civil negou a informação que surgiu de que o Governo do Estado teria atrasado o pagamento previsto no cronograma para o consórcio.
“A empresa foi notificada pelo Governo e retomou imediatamente, no acordo que foi feito, certamente, com os trabalhadores da empresa, para que as obras fluam de forma natural”, disse.
A obra foi iniciada há 15 anos. Em 2010, o primeiro prazo era de que fosse entregue em 2012, em uma duração de dois anos. Chagas reconheceu que a obra “se arrasta há muito tempo” e afirmou que “isso impacienta todos nós”.
Na sequência, o secretário acusou a oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) de ficar “torcendo para que nada dê certo” e fazendo “especulação de que está faltando dinheiro para a obra”.
“A gente está querendo que isso termine de uma vez por todas, até porque, numa hora dessa, ficam lá os agourentos, aqueles abutres que ficam torcendo para que nada dê certo”, criticou.
4º Anel Viário
A obra no 4º Anel Viário é considerada estratégica para a economia cearense. A primeira ideia era de que ela funcionasse como uma alternativa de tráfego entre os portos do Pecém e do Mucuripe.
De início, quando foi anunciada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a duplicação teria um custo de R$ 195 milhões. Com a não conclusão da obra, houve um novo investimento público de R$ 97 milhões.

