Samira Apóstolos, neurologista do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e coordenadora da equipe de neurologia da clínica EVCITI, alerta que os primeiros sintomas de Parkinson geralmente surgem de 5 a 11 anos antes da condição se manifestar de fato e ser diagnosticada.
Por isso, especialmente após os 60 anos, é preciso ficar atento a alterações na escrita, ao virar na cama, na marcha, na salivação, na fala e na expressão facial, que podem ser sinais da doença se manifestando lentamente.
Também é importante observar sintomas não motores como insônia e distúrbios do sono, diminuição do olfato, alterações do humor, depressão e ansiedade, dor, fadiga, constipação e disfunção da bexiga.
Como é o tratamento
A evolução do Parkinson geralmente é lenta e o tratamento tem como principal objetivo prolongar a qualidade de vida do paciente, com estratégias terapêuticas interdisciplinares que incluem atividade física, uso de medicamentos, fisioterapia e até cirurgia ?tudo para reduzir sintomas e efeitos colaterais da doença e das medicações.
“Parkinson não tem cura, mas existe um espectro amplo da doença e as terapias evoluíram significativamente nos últimos 30 anos”, afirma Lucas Silva, diretor de neuromodulação da Boston Scientific.