Atualmente não há tratamento eficaz para a paralisia causada por lesões graves na medula espinhal.
Pesquisadores da Universidade Keio de Tóquio realizaram o estudo com células-tronco pluripotentes induzidas (iPS).
As células iPS, criadas a partir de células adultas, são reprogramadas geneticamente para se multiplicarem em qualquer tipo de célula, dependendo do local do corpo onde são transplantadas.
A universidade japonesa informou, na sexta-feira, que a função motora de dois pacientes melhorou após um transplante de dois milhões de células iPS em sua medula espinhal.
“Conseguimos resultados para o primeiro tratamento mundial da medula espinhal com células iPS”, disse à emissora pública NHK Hideyuki Okano, professor da Keio, encarregado da pesquisa clínica.
O principal objetivo deste estudo clínico era confirmar a segurança deste método de tratamento.
Um dos dois pacientes transplantados —um idoso ferido em um acidente— agora consegue ficar de pé sem apoio e está treinando para caminhar, informou a NHK.
A Universidade de Keio recebeu autorização das autoridades japonesas em 2019 para esta pesquisa pioneira, atrasada devido à pandemia de covid-19.