“Se o isolamento começa a trazer prejuízos interpessoais e profissionais, é indicado iniciar psicoterapia para compreender a função desse comportamento e investigar se há dificuldades reais de interação social”, orienta Stravogiannis.
Se não prejudica, vale a pena
Existem momentos da vida em que a reclusão faz parte do processo. Após um término amoroso, uma demissão ou durante a adolescência, é comum buscar mais silêncio e introspecção. “Após um evento estressor ou restrito a um contexto, é até esperado esse padrão de comportamento — e ainda assim, não é regra. Há pessoas que, após um trauma, preferem se abrir e buscar apoio externo”, explica Oliveira.
Da mesma forma, em fases mais maduras, atividades tranquilas e solitárias podem ser mais prazerosas que o burburinho social, sem que isso represente um problema. Aproveitar momentos de recolhimento para descansar, reconectar-se consigo mesmo, cultivar hobbies ou simplesmente não fazer nada é uma forma válida de autocuidado. Como tudo na vida, o segredo está no equilíbrio.
*Com informações de reportagem publicada em 31/08/2020