E se você acha que não pode piorar, está enganado: fatores alterações na microbiota natural da pele, excesso de suor, umidade constante e até predisposição genética ajudam a manter a inflamação ativa —ou a trazê-la de volta com frequência.
Conhece a pseudofoliculite?
Apesar do nome parecido, essa condição tem outra origem. “É uma inflamação provocada pelo uso da lâmina, que pode fazer o pelo encravar ao crescer”, continua Viana. O problema é comum em quem tem fios mais grossos ou encaracolados, que, ao tentar atravessar a pele, acabam se curvando para dentro ou crescendo de lado, gerando irritação.
Ricardo H. Kitamura, dermatologista e coordenador médico de pós-graduação do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, complementa: “Enquanto a foliculite envolve microrganismos que inflamam e infeccionam os folículos, a pseudofoliculite surge do trauma mecânico do barbear”.
Funciona assim: o corte remove a parte superior do fio (geralmente mais fina) e deixa o restante dele, mais grosso, para seguir crescendo —e ele acaba entrando na pele como uma pequena lança. O visual pode enganar —bolinhas vermelhas, ardência e coceira— mas a causa (e o tratamento) é outra.
O que está por trás da foliculite?
Na maioria das vezes, a foliculite verdadeira é uma infecção de pele. Bactérias como Staphylococcus aureus são as principais responsáveis, mas não atuam sozinhas.