A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou, nesta quinta-feira (7), mais uma mensagem em suas redes sociais, criticando duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ampliando as ameaças a seus “aliados”. O post faz parte de uma série crescente de declarações de autoridades americanas, que vêm atacando Moraes nas últimas semanas com críticas públicas, sanções e acusações.
O tom das publicações se intensificou após o dia 14 de julho, quando começaram a surgir declarações abertas contra o ministro. Em 18 de julho, Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, anunciou a suspensão do visto de entrada nos EUA para Moraes e outros ministros do STF. Em seguida, em 2 de agosto, o governo americano incluiu Moraes na lista de pessoas alvo de sanções da Lei Global Magnitsky, utilizada para punir estrangeiros acusados de graves violações de direitos humanos ou corrupção.
Na última quarta-feira (6), o secretário adjunto de Diplomacia Pública, Darren Beattie, fez uma nova publicação, reiterando as acusações contra o ministro e afirmando que os aliados de Moraes também poderiam ser alvo de sanções. Beattie declarou que o governo dos EUA está monitorando a situação do Brasil e observando de perto as ações de Moraes e seus aliados. Ele acrescentou que as violações de direitos humanos cometidas por Moraes o colocaram na mira do governo americano.
As publicações anteriores, feitas por autoridades como Marco Rubio, Christopher Landau e membros da Secretaria de Assuntos do Hemisfério Ocidental, criticaram o tratamento dado por Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo a prisão domiciliar e restrições ao seu acesso a dispositivos de comunicação. As mensagens destacaram a percepção de que o ministro estaria adotando práticas autoritárias, com uma abordagem semelhante a regimes que restringem a liberdade de expressão.
A Embaixada dos EUA, por meio de seus canais nas redes sociais, tem reforçado a posição do governo americano de que continuará a tomar medidas contra aqueles que, na visão dos Estados Unidos, abusam do poder e violam direitos fundamentais. O governo brasileiro, por sua vez, não comentou diretamente as publicações, reafirmando, no entanto, a autonomia das instituições brasileiras, incluindo o STF.