A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre medicamentos falsificados que estão circulando no Brasil.
O comunicado, publicado no Diário Oficial da União, informa que foram identificados e apreendidos dois lotes de remédios que não foram fabricados pelas empresas responsáveis, o que caracteriza falsificação.
Esse tipo de situação oferece riscos sérios à saúde pública, pois quem faz uso de medicamentos falsificados está sujeito a não obter os efeitos esperados do tratamento e, além disso, pode sofrer reações adversas perigosas.
Quais são os medicamentos falsificados identificados?
Os lotes identificados pela Anvisa envolvem dois medicamentos importantes no tratamento de doenças crônicas:
- Rybelsus, da farmacêutica Novo Nordisk, indicado para tratar diabetes tipo 2, cujo princípio ativo é a semaglutida, que ajuda no controle da glicose no sangue. O lote falsificado é o M088499, que não foi produzido pela empresa.
- Ofev, da Boehringer Ingelheim, usado no tratamento da fibrose pulmonar idiopática (FPI) e da doença pulmonar intersticial associada à esclerose sistêmica (DPI-ES), também chamada de esclerodermia. O princípio ativo é o nintedanibe, e o lote falsificado é o 681522, também sem origem da fabricante.
Ambos os casos foram confirmados após as empresas responsáveis verificarem que esses lotes não foram fabricados oficialmente, levando a Anvisa a determinar a apreensão imediata.
Os riscos dos medicamentos falsificados para a saúde
O uso de medicamentos falsificados pode trazer consequências muito perigosas para a saúde.
Esses produtos podem conter desde substâncias ineficazes até ingredientes tóxicos, contaminantes ou até nenhum princípio ativo.
Isso significa que, além de não tratar corretamente a doença, podem causar efeitos colaterais inesperados.
Entre os principais riscos estão:
- Falta de efeito terapêutico: o paciente continua doente ou tem agravamento do quadro por não receber o tratamento correto.
- Intoxicações: pela presença de substâncias desconhecidas, impurezas ou ingredientes tóxicos.
- Reações adversas graves: que podem variar de alergias até complicações mais sérias, dependendo da substância utilizada na falsificação.
- Agravamento de doenças crônicas: como diabetes, doenças pulmonares e outras condições que dependem do controle rigoroso com medicamentos.
- Risco de morte: em casos de tratamentos interrompidos ou quando o medicamento falsificado provoca reações severas.
Por isso, é essencial que pacientes e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais que podem indicar falsificação.
Alterações na embalagem, rótulo mal impresso, erros de grafia, ausência de número de lote ou data de validade, e também desconfiança sobre a procedência.
Como se proteger dos medicamentos falsificados?
A Anvisa orienta que qualquer suspeita de medicamentos falsificados deve ser levada imediatamente ao conhecimento dos laboratórios responsáveis, que podem confirmar se o produto é verdadeiro.
- Além disso, a denúncia deve ser feita:
- Por profissionais de saúde, por meio do sistema Notivisa.
Por pacientes e consumidores, pela plataforma FalaBR, no canal da Ouvidoria da Anvisa.
A agência reforça ainda que, para evitar esse risco, é fundamental:
- Comprar medicamentos apenas em farmácias licenciadas e confiáveis.
- Conferir sempre se o produto está lacrado, com embalagem original e nota fiscal.
- Checar informações no rótulo, como número de lote, data de validade e dados do fabricante.
- Desconfiar de ofertas em sites não autorizados, redes sociais ou vendas diretas por preços muito abaixo do mercado.
A falsificação de medicamentos é crime, representa um risco real à vida e precisa ser combatida com a colaboração de todos.
Por isso, a atenção redobrada na hora de adquirir qualquer medicamento é essencial para garantir um tratamento seguro e eficaz.
📌 Leitura Recomendada: O que muda para a pessoa com albinismo com a nova lei aprovada no Brasil