É um pouco como sentir dor nas costas. No começo até que dói, mas com o tempo você se acostuma. E o importante é que a Globo está tentando acompanhar melhor esse ritmo frenético da internet, até pelo fato das plataformas estarem cada vez mais incluídas no mainstream (e na disputa por direitos dos campeonatos!).
Acredito que a contratação do Fred Bruno, ex-Desimpedidos, de quem tanto falei mal no BBB, foi um golaço da emissora. Comandando o Globo Esporte, consegue ir além de um mero despojamento que poderia ser ensaiado por qualquer um. Ele fala de fato o alfabeto dessa geração e está fazendo a diferença nesse ciclo de transformação.
E aí entra a diferença mais grave que vejo entre a Globo e a CazéTV nas transmissões esportivas: o chat faz muita falta no Globoplay. É a ferramenta que ajuda a formar e consolidar uma comunidade no YouTube. Essa troca vai além da leitura de “recadinhos do amigo internauta”. É a pulsão da interatividade mais visceral que apenas uma caixa de comentários viva e fervorosa consegue inspirar.
O próximo desafio da Globo e das outras emissoras que fazem transmissões também pela internet é não apenas parecer “da galera”, mas formar sua própria galera. E o senso de comunidade criado pelos comentários em tempo real é fundamental para isso. Basta ver a quantidade de gente nas redes sociais pedindo para os outros assistirem à Copa na CazéTV, como se fossem distribuidores de flyers trabalhando de maneira voluntária em prol de uma causa.
Você já viu alguém fazendo isso por outra empresa de mídia? O segredo desse sucesso começa pelo chat.
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