O roteiro do Fortaleza em 2025 tem pregado dilemas na vida do torcedor tricolor. Mesmo após uma goleada acachapante sofrida para o Botafogo, o time de Renato Paiva tem a missão, às 19h, nesta terça (12), de virar a chave contra o Vélez, pelas oitavas da Libertadores. O feito histórico de um nordestino em mais um mata-mata da competição tinha tudo para lotar a Arena Castelão com a empolgação da torcida, mas a história é outra, apesar do enredo marcante da “glória eterna”.
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Diante da primeira decisão das oitavas de final da Copa Libertadores, o Fortaleza tem seu caminho traçado pela indecisão: continuar o sonho de avançar na maior competição das Américas ou focar na recuperação do Campeonato Brasileiro. O torcedor segue ressabiado depois da derrota de cinco dígitos contra o Botafogo na Arena Castelão.
O feito de chegar a um mata-mata do torneio já é um sabor que somente dois nordestinos sentiram a sensação, sendo o Leão o único a chegar em duas ocasiões. Fazendo valer o dilema de “quem tá na chuva é para se molhar”, o Tricolor de Aço tem em mãos a oportunidade de superar a melhor campanha de um time nordestino na Liberta, que foi o feito do Bahia em 1989, que desbravou a “Glória Eterna” até às quartas de final.
No futebol, diferente do cinema, o filme repetido nem sempre é uma boa pedida. O Fortaleza parece repetir o trajeto de 2022, quando chegou para encarar o Estudiantes de La Plata-ARG em meio à turbulência que era a vida tricolor na Série A daquele ano. O time de Vojvoda, no período, estava na zona de rebaixamento, mas conseguiu se recuperar no campeonato nacional.
Em cinco jogos pelo Leão na Libertadores, o atacante Deyverson marcou dois gols
Foto:
Kid Júnior/SVM
CASTELÃO: PALCO DA GLÓRIA ETERNA
O confronto desta terça-feira é o segundo jogo na história que Arena Castelão será palco de uma oitavas da Libertadores. em que a Arena Castelão vai poder ser palco. Na última ocasião, o Fortaleza ficou no empate em 1 a 1 contra o Estudiantes, no dia 30 de junho de 2022. O confronto de três anos atrás registrou um público superior a 38 mil torcedores. Diante do Vélez, as arquibancadas não devem ter tanto clamor assim.
Os créditos para a pouca procura de ingressos é apenas a sequência de uma campanha aquém do que se esperava do Fortaleza até aqui no ano. Contra o Vélez, Renato Paiva tenta formatar um Leão que faça valer sua trajetória de grandes feitos conquistados com seu antigo roteirista da beira do campo, Juan Pablo Vojvoda. Apesar disso, Marcelo Paz, CEO do clube, já disse que o objetivo principal é não cair para a Série B.
A história feita pelo Fortaleza até aqui pode não empolgar, mas a torcida ainda espera quem sabe um “gran finale”, cheio de drama, talvez aí com a tão sonhada virada de chave para a temporada tricolor.