A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou, nesta terça-feira (7), a investigação do primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol em Fortaleza. Com o novo registro, o número de notificações no estado subiu para seis, das quais quatro já foram descartadas, incluindo um óbito.
De acordo com a pasta, dois casos permanecem em investigação — o novo, na capital, e outro em Aquiraz, notificado na segunda-feira (6). Ambos estão sob acompanhamento das equipes de Vigilância em Saúde estadual e municipal, em articulação com as unidades hospitalares e a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
O objetivo é confirmar laboratorialmente os casos e identificar a origem da possível contaminação. Segundo nota divulgada pela Sesa, todos os municípios do Ceará receberam orientações e protocolos do Ministério da Saúde para intensificar a vigilância, reforçando a necessidade de detecção precoce e notificação imediata de novos casos suspeitos.
“As recomendações oficiais reforçam a importância do diagnóstico rápido e do tratamento adequado. Todos os municípios devem comunicar imediatamente qualquer suspeita de intoxicação por metanol”, informou a Sesa.
O metanol é uma substância altamente tóxica usada em solventes industriais e na produção de combustíveis, mas imprópria para consumo humano. A ingestão acidental ou por meio de bebidas adulteradas pode causar cegueira, falência renal e até morte.
⚠️ Quando um caso é considerado suspeito
Segundo a Secretaria, o caso é tratado como suspeito quando a pessoa que ingeriu bebida alcoólica apresenta sintomas como:
Embriaguez persistente; Desconforto gástrico (náuseas, dor abdominal ou vômitos); Forte dor de cabeça; Confusão mental; Alterações visuais.
🔬 Confirmação laboratorial
Um caso é confirmado quando, além desses sintomas, há sinais clínicos graves (como coma, convulsões ou cegueira) e alterações laboratoriais, como:
pH sanguíneo abaixo de 7,3; Bicarbonato menor que 20 mEq/L; Diferença osmolar superior a 10; Ou dosagem de metanol no sangue acima de 200 mg/L.
O Ceará segue em estado de alerta desde o aumento dos casos de intoxicação registrados no país, especialmente em São Paulo e Pernambuco.

