O Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado em 21 de setembro, será marcado por uma extensa agenda cultural em Fortaleza e no interior do Ceará. A data, instituída nos anos 1980 e oficializada em 2005, reforça a importância de políticas inclusivas e da valorização da produção artística protagonizada por pessoas com deficiência.
Atividades diversificadas
Este ano, a Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará (Rece) ampliou sua programação, levando ao público festival de música, saraus, feiras criativas, oficinas, espetáculos circenses e exposições acessíveis.
Entre os eventos, destacam-se:
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Festival Conexão DEF, na Estação das Artes, com programação voltada a todas as idades;
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Festival Surdará, na Bece, dedicado à cultura surda;
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Seminário de Acessibilidade, no Museu Ferroviário Estação João Felipe;
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Yoga acessível e shows de música popular, no MIS;
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Atividades de arte para crianças neurodivergentes, na Pinacoteca.
Compromisso político com acessibilidade
A coordenadora da Codac, Helena Campelo, enfatiza que a programação reflete um compromisso político com a acessibilidade cultural e deve ser vista a partir de uma perspectiva anticapacitista. Já Thamyle Vieira, orientadora de acessibilidade, destaca que incluir artistas com deficiência não é apenas uma questão de representatividade, mas de qualidade estética e de transformação social:
“Quando criam e apresentam seus trabalhos, eles deslocam olhares e ajudam a romper estruturas marcadas pelo capacitismo”, afirmou.
Interior do estado
Além da capital, cidades como Crato, Quixadá e Quixeramobim também recebem atividades culturais, com oficinas, encontros literários, debates e apresentações artísticas acessíveis.
Avanços e desafios
Hoje, editais da Secult-CE já reservam vagas específicas para artistas com deficiência, garantindo presença durante todo o ano nos equipamentos culturais. Ainda assim, gestores reconhecem que “há muito a avançar” para alcançar uma política cultural mais justa e plural.
📌 Com informações do Diário do Nordeste.

