Em locais com menos de 20% de prevalência não há indicação para uso preventivo na população geral.
De acordo com Salvador, o Brasil, de maneira geral, é considerado um território de baixo risco. No entanto, devido à desigualdade na distribuição do saneamento básico, há maior incidência de parasitas intestinais em regiões mais pobres, tanto em escala nacional quanto dentro das próprias cidades, portanto pode haver diretrizes voltadas a municípios ou comunidades vulneráveis com recomendações distintas. “Além disso, há indicações específicas para pessoas com imunodepressão, sempre com prescrição médica”, explica o especialista.
Os medicamentos antiparasitários utilizados na prevenção são seguros e eficazes em doses baixas. Os mais comuns são o albendazol e o mebendazol, geralmente administrados em dose única.
As principais contraindicações incluem alergia ou hipersensibilidade aos componentes dos medicamentos. “No entanto, como qualquer medicamento, é possível ocorrerem efeitos adversos, como dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia e até queda de cabelo. Por isso, é essencial sempre avaliar os riscos e benefícios antes da prescrição”, esclarece Salvador.
O uso inadequado de vermífugos e produtos sem recomendação médica pode afetar os intestinos, comprometendo a saúde. “Além de não haver indicação para pessoas que não vivem em locais de alta prevalência, esses medicamentos podem afetar organismos que fazem parte da nossa microbiota”, afirma o infectologista.
Dessa forma, o uso de antibióticos e antiparasitários deve ocorrer apenas quando necessário e indicado por um médico.