O Ceará recebeu as primeiras 64 unidades de fomepizol, medicamento usado como antídoto em casos de intoxicação por metanol. A substância, de alto custo e difícil obtenção, foi importada de uma subsidiária japonesa, segundo o Ministério da Saúde (MS).
O fármaco chegou ao Estado na quinta-feira (9), mas a informação foi divulgada apenas nesta segunda-feira (13). Antes disso, o Ceará já havia recebido doses de etanol farmacêutico, também utilizado no tratamento de envenenamentos pelo composto químico tóxico.
De acordo com o Ministério da Saúde, o fomepizol tem alta eficácia e segurança, atuando para impedir que o metanol seja metabolizado em ácido fórmico, substância que causa acidose metabólica grave e pode levar à morte.
Atualmente, o Ceará não tem casos confirmados ou suspeitos de intoxicação, segundo boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Todos os registros feitos entre os dias 4 e 11 de outubro foram descartados pela Pefoce após análise laboratorial.
Além do Ceará, todas as unidades federativas receberam remessas do antídoto. O Ministério da Saúde manteve mil ampolas em estoque estratégico nacional e informou que os estados poderão solicitar novas remessas conforme a demanda.
A aquisição do fomepizol é inédita no Brasil e foi viabilizada cerca de oito dias após o ministro Alexandre Padilha acionar o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Em todo o país, já foram registradas 213 notificações de intoxicação por metanol, sendo 32 confirmadas e 5 mortes em São Paulo.

