Um dos símbolos turísticos de Lisboa, o Elevador da Glória, descarrilou e tombou nesta quarta-feira (3), resultando em uma das maiores tragédias recentes no transporte da capital portuguesa. O acidente ocorreu às 18h05, horário local (14h05 em Brasília), deixando 15 mortos e 18 feridos, segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Entre os feridos, seis estão em estado grave, incluindo uma criança de 3 anos cujo quadro é considerado estável. De acordo com o INEM, há vítimas de diferentes nacionalidades, mas nenhuma brasileira foi identificada até o momento.
As primeiras hipóteses sobre as causas divergem: a SIC atribui a tragédia ao rompimento de um cabo, enquanto a RTP levanta a suspeita de falha nos freios. O Ministério Público de Portugal já iniciou investigação formal.
A Carris, empresa responsável pela operação, afirmou em nota que cumpre rigorosamente os protocolos de segurança e instaurou um inquérito interno. O engenheiro Fernando Nunes da Silva reforçou que a falha técnica pode ter sido combinada:
“O cabo se quebrou e, ao mesmo tempo, os freios que deveriam travar não funcionaram.”
O impacto gerou grande comoção no país. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa decretou luto nacional nesta quinta-feira (4) e expressou condolências:
“O Presidente da República lamenta profundamente o acidente e presta solidariedade às famílias atingidas.”
Imagens que circularam nas redes sociais mostram o funicular totalmente destruído, tomado pela fumaça, enquanto passageiros saíam assustados. Uma testemunha descreveu o choque:
“Foi uma pancada brutal, o bondinho se desfez como papelão. Não havia freio algum.”
O Elevador da Glória liga o centro histórico ao Bairro Alto, em um percurso de 265 metros pela Calçada da Glória. Com capacidade para 43 pessoas, ele está em operação desde 1885 e havia passado por revisão geral em 2022 e manutenção em 2024.
Foto: Miguel A. Lopes

