Um novo voo com 114 brasileiros deportados dos Estados Unidos pousou por volta das 13h deste sábado (21), em Fortaleza (CE). Noventa e oito deles são homens e 16 são mulheres.
Dois eram procurados pela Justiça. A Polícia Federal acompanha a situação dos passageiros com ocorrências criminais. Representantes do governo federal e do governo do estado do Ceará recepcionaram os repatriados, que contam com acolhimento humanizado, incluindo atendimento médico, jurídico e migratório.
Bruno Teixeira, secretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), detalhou a estrutura montada na capital cearense para a chegada dos brasileiros.
“A estrutura montada na cidade de Fortaleza prevê que todos que chegam no território brasileiro tenham acompanhamento de saúde, psicossocial, assistencial e, sobretudo, a garantia da segurança e a volta célere para suas casas para o reencontro com suas famílias.”
Parte dos cidadãos deve seguir viagem para Belo Horizonte, onde está mantido o funcionamento do posto humanizado no Aeroporto Internacional de Confins.
Com a definição de novo fluxo em território nacional, a Força Aérea Brasileira deixou de fazer o apoio dos voos internos e o trajeto dos repatriados passa a ser feito em transporte rodoviário com apoio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e de empresas parceiras.
Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, voos comerciais só serão utilizados em casos prioritários, como para atender pessoas que necessitem de recursos de acessibilidade.
O novo grupo se soma a outros 892 repatriados que chegaram ao Brasil entre os meses de fevereiro e junho deste ano, em dez operações de acolhimento. O estado que mais recebeu repatriados foi Minas Gerais, seguido de Rondônia, São Paulo, Goiás e Pará.
Grande parte dos repatriados viveu por períodos curtos – entre três e seis meses – nos Estados Unidos e 80% tinham jornadas exaustivas de trabalho, em contextos muitas vezes precarizados, segundo o Ministério.