As forças de segurança do Ceará prenderam, de agosto até esta quarta-feira (5), 36 pessoas suspeitas de integrar facções criminosas envolvidas na expulsão de moradores em diferentes regiões do Estado.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), 23 dos detidos já tinham antecedentes criminais.
Durante a operação, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, e 22 investigações sobre o tema seguem em andamento.
“De janeiro a setembro deste ano, efetuamos 1.851 prisões de pessoas ligadas a organizações criminosas — um aumento de 87% em relação ao ano anterior”, afirmou o secretário da Segurança, Roberto Sá, em coletiva de imprensa.
A ação foi coordenada pela SSPDS e executada pelas Polícias Civil e Militar, com apoio das Coordenadorias de Inteligência (Coin) e de Planejamento Operacional (Copol).
Sá destacou que o Estado reconhece o “tamanho do desafio” no enfrentamento às facções e garantiu que o trabalho das forças de segurança continuará de forma permanente.
“Estaremos à disposição dia e noite”, assegurou o secretário.
O gestor reforçou ainda a necessidade de endurecimento das leis penais, alinhando-se ao posicionamento do governador Elmano de Freitas (PT) e do governo federal.
“Nossa legislação é frouxa em relação às organizações criminosas. Precisamos de leis mais firmes para que os criminosos presos não sejam soltos em seguida”, defendeu.

