É um sentimento de solidão persistente, no qual a pessoa não consegue colocar em prática a solitude em nenhum momento. A solitude é saber lidar bem com essa solidão e tirar proveito de estar só. Diogo Almeida, ator e psicólogo
Neste sentido, o psicólogo ressalta que a forma como a pessoa lida com a solidão também está relacionada à cultura do meio em que vive.
“A gente fala muito sobre os tempos atuais, em que precisamos nos enquadrar e nos encaixar em um perfil para fazer parte de um sistema, e isso leva à solidão. Não é fácil. Muitos jovens passam por isso, assim como pessoas na casa dos 60 anos, porque começam a perder suas conexões, as pessoas que foram referência para elas. Isso também é muito difícil”, afirma.
No caso de pessoas que sofrem de solidão crônica, é comum que elas se isolem, o que pode acabar resultando em depressão.
“Isso pode levar a várias consequências. Por exemplo, a obesidade é muito presente. A mulher deixa de se enxergar como um ser desejável. Também pode passar para vícios, como tabagismo e alcoolismo”, explica o psicólogo.
Diogo ressalta que a solidão crônica é comum entre mães que têm filhos com diagnóstico de TEA (transtorno do espectro autista). “A maioria delas cria os filhos sozinha, porque um pouco mais de 70% dos homens, quando recebem o diagnóstico de autismo na família, abandonam o lar”, afirma.

