Os 13 brasileiros presos por Israel, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), serão libertados na manhã desta terça-feira (7) e transferidos da prisão de Ktzi’ot, localizada no deserto de Neguev, a cerca de 30 quilômetros da fronteira com o Egito, para a Jordânia.
A informação foi confirmada pela organização Global Sumud Flotilla, responsável pela missão humanitária interceptada na semana passada.
Ativistas de Argentina, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia também deixarão o local no mesmo momento. A previsão é que o grupo brasileiro chegue à capital jordaniana, Amã, por volta do meio-dia (horário local).
A Embaixada do Brasil em Amã já prepara estrutura para receber os ativistas e oferecer assistência médica e consular. Durante visita realizada nesta segunda-feira (6), a delegação relatou condições degradantes e violência psicológica nas instalações israelenses, além de falta de atendimento médico adequado.
Segundo a equipe de Luizianne, alguns ativistas receberam medicamentos apenas após pressão da diplomacia brasileira.
Quatro deles — Thiago Ávila, João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles — seguem em greve de fome em protesto contra a detenção. Em carta enviada à família, Ariadne afirmou que iniciaria também uma greve de sede caso a libertação não ocorresse até segunda-feira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar as ações de Israel e afirmou, em publicação nas redes sociais, que o país “segue violando leis internacionais”. Lula determinou ao Itamaraty que utilize “todas as ferramentas diplomáticas possíveis” para garantir a libertação do grupo.
A delegação brasileira integrava uma flotilha composta por ativistas de 44 países, que levava alimentos, água e suprimentos médicos à Faixa de Gaza, em meio à crise humanitária causada pela guerra entre Israel e Hamas, que completa dois anos nesta semana.
Os barcos foram interceptados pela Marinha israelense no último dia 1º, e seus tripulantes, detidos.

