Uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou apreensão entre gestantes e mães de crianças autistas no Brasil. Durante coletiva na Casa Branca, na última segunda-feira (22), o republicano sugeriu, sem apresentar evidências científicas, que o uso de paracetamol na gravidez poderia estar relacionado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A afirmação foi imediatamente rebatida por autoridades de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota reforçando que “não há registro científico que comprove qualquer ligação entre o medicamento e o TEA”. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também usou as redes sociais para esclarecer:
“O Tylenol é causa do autismo? Mentira! Não existe nenhum estudo que comprove essa relação. O paracetamol é medicação segura, reconhecida pela OMS e pelas principais agências de saúde do mundo.”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que não existem evidências conclusivas sobre a suposta relação e destacou que o autismo tem múltiplos fatores, ainda não totalmente compreendidos.
A Anvisa alertou ainda para o perigo da desinformação em saúde, lembrando que, assim como ocorreu com a ivermectina durante a pandemia de Covid-19, falsas associações podem colocar em risco a confiança da população em tratamentos seguros.

