Segundo especialistas em psicologia e neurociência, estas são as lembranças que mais deixam marcas emocionais duradouras — para o bem ou para o mal.
A forma como os pais reagiam às emoções do filho: se uma criança chorava e ouvia um “engole o choro”, ela aprendia que sentir era errado. Se, em vez disso, era acolhida e compreendida, aprendia a lidar com as emoções de forma saudável. A resposta emocional dos cuidadores molda como os filhos vão lidar com o próprio mundo interno e com o dos outros.
Momentos de conexão profunda (mesmo que simples): não precisam ser grandes viagens à Disney, por exemplo. Pode ser o pai que sempre colocava a criança para dormir contando histórias, ou a avó que fazia bolinho de chuva nas tardes chuvosas. Essas pequenas constâncias criam sensação de pertencimento e segurança. O cérebro grava com carinho o que é feito com presença e afeto.
Situações em que a criança se sentiu valorizada, ou desvalorizada: Um elogio sincero depois de um desenho. Um “você não serve pra nada” num momento de raiva. Palavras importam, e a forma como uma criança se sente vista e reconhecida molda sua autoestima por anos — às vezes por toda a vida.
Experiências de exclusão ou inclusão social: a lembrança de ter sido escolhido por último no time da escola ou, ao contrário, de ter sido convidado para um grupo, pode parecer boba aos olhos adultos, mas tem impacto gigantesco. A infância é o laboratório onde testamos nossas habilidades sociais — e o cérebro guarda isso como um manual de instruções para o futuro.
Experiências traumáticas, mesmo que “pequenas”: um susto, uma briga intensa entre os pais, uma separação repentina, uma mudança forçada… O que pode parecer trivial para os adultos pode ser vivido como um terremoto por uma criança. A percepção dela, e não a dos outros, define o quanto aquele momento será gravado como trauma — ou não.