“A gente procurou um ritmo Globetrotters, sabe? Como aquele grupo de basquete dos anos 80, em que a bola passa de um para o outro muito rápido”, explica Drica. “Temos uma troca constante de narrativa. A história flutua entre espaços — o navio, a Colômbia, o apartamento de Airbnb — e a gente vai criando esses lugares e personagens com o corpo, na fisicalidade.” O que poderia ser apenas um delírio tropical se revela, aos poucos, um comentário afiado sobre envelhecer com tesão, liberdade e humor. Drica e Fábio não apenas vivem um casal sexualmente ativo depois dos 50 — eles o fazem com uma leveza sem tabus, um frescor raríssimo nos palcos. E, como se não bastasse, interpretam ainda outros personagens da trama.
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