O ativista conservador norte-americano Charlie Kirk, aliado do presidente Donald Trump, morreu nesta quarta-feira (10) após ser baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley. A informação foi confirmada pelo próprio Trump em uma rede social.
Aos 31 anos, Kirk era uma das principais vozes do conservadorismo nos Estados Unidos. Casado e pai de dois filhos, ele se destacou como fundador da organização juvenil Turning Point USA, que desde 2012 atua em escolas e universidades para difundir ideias conservadoras.
Trajetória política e influência
Kirk começou a se interessar pelo conservadorismo ainda no ensino médio, inspirado por Rush Limbaugh, referência do rádio americano. Rejeitado pela Academia Militar de West Point, optou por não cursar universidade e, aos 18 anos, criou a Turning Point. O grupo cresceu rapidamente: de US$ 4,3 milhões em receitas em 2016, saltou para mais de US$ 92 milhões em 2023, impulsionado por doações.
Em 2016, Kirk se tornou o mais jovem palestrante da Convenção Nacional Republicana, que oficializou Trump como candidato à Presidência. Durante o governo republicano, esteve na Casa Branca dezenas de vezes e participou da avaliação de nomes indicados para cargos estratégicos.
Nos últimos anos, teve papel decisivo na escolha de J.D. Vance como vice na chapa de Trump em 2024. O então presidente eleito chegou a creditar ao ativista parte da vitória sobre Kamala Harris, especialmente pelo engajamento do público jovem.
Polêmicas e presença midiática
A Turning Point esteve entre os grupos listados como participantes do comício de 6 de janeiro de 2021, que antecedeu a invasão ao Capitólio. Embora Kirk tenha incentivado caravanas para Washington, seu nome não apareceu entre os principais investigados pelo Congresso.
Além da atuação política, ele comandava o programa diário de rádio “The Charlie Kirk Show” e um podcast de grande alcance, além de somar mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais.

