A rede social X (ex-Twitter) voltou a ser alvo de críticas após a descoberta de que conteúdos de abuso sexual infantil estão sendo promovidos em sua plataforma. De acordo com reportagem da BBC, contas aparentemente comuns escondem um esquema criminoso: elas utilizam símbolos, hashtags e até emojis reconhecidos por comunidades pedófilas para anunciar e vender material ilegal.
Um dos testemunhos mais impactantes veio de uma sobrevivente de abuso, identificada como “Zora”. Após ser informada de que imagens de sua infância continuam circulando, ela fez um apelo público a Elon Musk, exigindo providências. “Zora” afirmou que a permanência dessas fotos significa reviver a violência, já que a exposição online perpetua o trauma vivido.
A denúncia reabre um debate mundial sobre a responsabilidade das plataformas digitais diante da exploração sexual infantil. Desde que Elon Musk assumiu o X, especialistas têm alertado para os cortes em equipes de moderação e para o aumento de discursos de ódio e conteúdos nocivos na rede.
Organizações de defesa dos direitos da infância pedem que a empresa adote tecnologias mais eficazes de rastreamento, estabeleça parcerias sólidas com autoridades internacionais e apresente transparência nas medidas de remoção de material. A crítica central é que, apesar das denúncias, muitos desses perfis continuam ativos, o que amplia a vulnerabilidade das vítimas e alimenta um mercado criminoso lucrativo.
Para ativistas, o caso da “Zora” simboliza milhares de outras vítimas que têm suas imagens usadas como mercadoria, mesmo décadas após os abusos. A cobrança, agora, é por uma resposta rápida e efetiva da direção do X, que até o momento não se posicionou sobre a denúncia.
Com informações do Público
Foto: Dado Ruvic

