O senador colombiano Miguel Uribe Turbay, 39, faleceu nesta segunda-feira (11) após mais de dois meses internado em decorrência de um atentado sofrido em junho, durante um comício em Bogotá. A morte foi confirmada por sua esposa, María Claudia Tarazona, nas redes sociais.
Uribe, um dos principais nomes na corrida presidencial de março de 2026, integrava a oposição ao governo de Gustavo Petro. Era neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala (1978–1982) e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e morta pelo Cartel de Medellín em 1991, quando ele tinha cinco anos.
O ataque ocorreu em 7 de junho, no bairro Fontibón, enquanto o senador discursava. De acordo com o partido Centro Democrático, homens armados atiraram pelas costas. Uribe foi atingido por dois tiros na cabeça e um na perna. Outras duas pessoas ficaram feridas. Um adolescente de 15 anos foi apreendido no local com a arma utilizada.
Internado na Fundação Santa Fé de Bogotá, o senador teve seu quadro agravado no último sábado (9), após uma hemorragia no sistema nervoso central. Passou por cirurgia de emergência e voltou a ser sedado, mas não resistiu.
A morte reacende o temor da violência política que marcou a Colômbia nos anos 1990, período em que três candidatos presidenciais, Luis Carlos Galán (1989), Bernardo Jaramillo Ossa (1990) e Carlos Pizarro Leongómez (1990), foram assassinados durante campanhas.
O presidente Gustavo Petro determinou uma investigação rigorosa. O ex-presidente Álvaro Uribe Vélez lamentou: “O mal destrói tudo, mataram a esperança. Que a luta de Miguel seja uma luz que ilumine o caminho correto da Colômbia”.
O Itamaraty e o governo dos Estados Unidos também condenaram o atentado, classificando-o como um ataque à democracia e à liberdade política. Miguel Uribe deixa esposa e um filho.
Foto: AFP