Descubra quais exercícios aceleram o metabolismo, secam mais rápido e como a tecnologia pode nos ajudar.
Em tempos de rotina acelerada, conciliar saúde, disposição e algum nível de atividade física pode parecer um luxo. Mas, convenhamos: a gente precisa se mexer — não só por estética, mas pelo simples fato de que corpo parado adoece. E, nesse universo, uma pergunta vive voltando: quais são os exercícios que mais queimam calorias?
A resposta não é tão exata quanto gostaríamos, mas alguns campeões já são bem conhecidos. E vale lembrar: mais do que calorias gastas, é preciso avaliar o esforço envolvido, o tempo de recuperação e a capacidade de manter a prática com regularidade.
Eu gosto muito de esportes e, da listinha abaixo, gosto muito da aula de spinning, aliás você pode ver a resenha de uma aula incrível que fiz em cima de um prédio ao ar livre aqui
Veja a estimativa média para uma pessoa de 70 kg:
Exercício | Gasto calórico por hora (estimado) |
---|---|
Pular corda | 700 a 1.000 kcal |
Corrida (10 km/h) | 600 a 900 kcal |
Muay Thai / Boxe | 600 a 850 kcal |
HIIT (treino intervalado) | 500 a 900 kcal |
Subir escadas | 600 a 850 kcal |
Spinning / Bike intensa | 500 a 800 kcal |
CrossFit | 500 a 750 kcal |
Escalada indoor | 600 a 750 kcal |
Remo ergométrico | 500 a 700 kcal |
Eletroestimulação muscular | 300 a 600 kcal (em sessões curtas) |
Sobre a eletroestimulação, que vem se popularizando, é uma alternativa para quem tem pouco tempo e busca treinos intensos de curta duração. Há uns 3 anos eu estava com a agenda enrolada e eu fazia 2 vezes na semana. Era o que dava pra fazer na época e eu vi resultados. Senti meus músculos mais firmes. Em sessões de apenas 20 minutos, os estímulos elétricos promovem contrações musculares — e, segundo alguns estudos, podem equivaler a um treino completo. Ainda há debate científico sobre sua real eficácia em longo prazo, mas os relatos de fadiga muscular intensa são comuns. Na minha opinião, o ponto negativo foi o valor alto.
Uma alternativa diferente (e curiosa) que fui conhecer de perto
Foi justamente pesquisando métodos de alta queima calórica e novas tecnologias que me deparei com uma proposta bastante peculiar: uma bicicleta horizontal dentro de uma cápsula com infravermelho e vácuo. Me senti num episódio dos Jetsons quando experimentei essa bike chamada Infrashape: uma cápsula futurista com pedais de bike dentro dela , infravermelho e pressão a vácuo. Apesar do visual espacial, a proposta é real — queimar muitas calorias e aliviar sintomas do lipedema, como inchaço e dor nas pernas.
Cheguei na clínica Modelle Estética com horário agendado e a Amanda, que me explicou tudo como funciona. Vestindo uma saia de neoprene, entrei na cápsula que foi programada com resistência média, infravermelho a 50 °C e função colágeno. A sensação foi de um exercício desafiador: aos 20 minutos eu já estava exausta, como se tivesse feito quase uma hora de aula de bike.
No final, o equipamento registrou 1.102 calorias queimadas e 500 ml de água eliminados. O mais impressionante? Saí da sessão sem dor muscular — e sem arrependimentos.
O infravermelho acelera o metabolismo e ajuda na desintoxicação do corpo, enquanto o vácuo potencializa o esforço e atua na drenagem linfática. Um combo poderoso para quem busca emagrecer com conforto e eficiência.
Hora de consultar quem entende
Diante de tantas promessas e estímulos tecnológicos, levei algumas perguntas para o Dr. Alexandre Adolfo, médico especializado em medicina estética e pós-graduado em endocrinologia. A ideia é entender o que é real, o que é marketing, e o que ainda está em investigação:
1- É possível queimar mais de 1.000 calorias pedalando deitado em 30 minutos?
O interessante do Infrashape (é a bicicleta do vídeo, tá?) é que ele propõe uma experiência mais confortável e personalizada de atividade física, especialmente pra quem está começando, tem alguma limitação, ou mesmo pra quem quer um estímulo a mais na queima calórica. A pessoa pedala deitada ou semi-inclinada, dentro daquela cápsula, o que reduz impacto nas articulações, e o vácuo ajuda a estimular a circulação — o que pode ser benéfico pra quem sofre com inchaço, má circulação ou até casos de lipedema.
É importante dizer que o número de calorias gastas vai variar muito de pessoa pra pessoa, dependendo do esforço aplicado, do tempo, da intensidade, da resistência que é ajustada no equipamento. Então quando a gente vê valores como ‘mil calorias em meia hora’, isso pode ser verdade em alguns casos bem específicos, mas não é uma média universal. Mas ele não substitui uma mudança de estilo de vida. Alimentação adequada, hidratação, sono, gerenciamento do estresse, acompanhamento médico… tudo isso continua fundamental. Outro ponto importante é que pessoas com determinadas condições — como varizes mais avançadas, problemas circulatórios graves, ou até sensibilidade ao calor — precisam de avaliação antes de utilizar esse tipo de aparelho.
E aí entra o papel do médico, do profissional de saúde, de orientar e garantir que o uso seja seguro e eficiente. Como médico do esporte, eu vejo o Infrashape como mais uma ferramenta interessante dentro de um plano de cuidado mais amplo. Ele não é milagre, mas pode ser um grande aliado.
2- O calor infravermelho e a pressão negativa têm impacto clínico real em circulação e eliminação de toxinas?
A luz infravermelha aquece a região, o que acelera o metabolismo local, promove sudorese, e pode ajudar na drenagem linfática. Isso tudo somado à própria atividade física gera um gasto energético considerável.
3- A eletroestimulação pode, de fato, substituir treinos tradicionais? Quais são suas limitações?
Uma coisa que eu gosto de reforçar é que, apesar da tecnologia ajudar — e nesse caso ela ajuda bastante — não dá pra achar que só o equipamento resolve tudo. Ele pode ser um excelente complemento, pode incentivar quem tem dificuldade de manter uma rotina de exercício tradicional, pode aliviar sintomas de algumas condições específicas como o lipedema, e pode até melhorar a autoestima, mas é fundamental ter atividades físicas regulares pois ela não tem um trabalho cardio tão eficiente como outros tipos de atividades.
Movimento real, escolhas possíveis
Mais do que buscar o “melhor” exercício, talvez o ponto seja: o que você consegue sustentar? O que cabe na sua rotina? O que faz sentido para o seu corpo?
Se for uma aula de boxe, ótimo. Se for 15 minutos de escada no prédio, também vale. Se for uma cápsula com vácuo e luz vermelha, bom também!
O que importa é se mexer e fazer algo por você.
Beijos e até a próxima semana.
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